Nova edição do projeto ‘Vozes que Representam’ ocorrerá nesta quarta-feira (19/10); encontro do ‘Cine Resistência’ será realizado na quinta (20/10)
A Secretaria de Cultura de Suzano promoverá duas noites de reflexão voltadas para o combate ao preconceito e a vida nas periferias com os projetos “Vozes que Representam”, nesta quarta-feira (19/10), às 19h30, no Anfiteatro Orlando Digenova, nas dependências do Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi (rua Benjamin Constant, 682 – Centro), e “Cine Resistência”, que ocorrerá na quinta-feira (20/10), a partir das 19 horas, no Cineteatro Wilma Bentivegna (rua Paraná, 70 – Jardim Paulista). As entradas para assistir e participar são gratuitas.
Com a condução do professor e escritor Rafael Carnevalli, o projeto “Vozes que Representam” apresentará a resenha da obra “A Massa”, de Emerson Alcalde, que retrata a realidade das periferias e o dia a dia de quem vive dramas e alegrias nessas regiões por meio de poesias, com versos pensados a partir do ponto de vista de um morador com seu tom de luta, indignação, ironia e vivência.
O autor afirma que o título do livro parte da premissa de que a visão do indivíduo retratado é como a visão coletiva de um grupo que não pode ser completamente afastado ou destruído se estiver unido como uma entidade só. “Quanto maior, melhor. Quanto mais espalhada, mais fraca é, sendo mais fácil de ser cortada, moldada, dividida e consumida. A massa é o povo”, pontua.
Já na quinta-feira, a pasta promove nova edição do projeto “Cine Resistência”, realizado pelo grupo “Agita Palmares” em parceria com o Conselho Municipal de Promoção à Igualdade Racial (Compir). O público é convidado a assistir o curta-metragem “Sem Asas”, produção de 20 minutos dirigida por Renata Martins, e, ao final, a participar de uma resenha acerca da obra.
O filme, de classificação etária para maiores de 12 anos, retrata o convívio na família do estudante Zu, um garoto que, após sair de casa para comprar farinha para a mãe, se vê entre o sonho e a realidade. O menino afirma sonhar em ser um super-herói à prova de balas e, quando um evento inesperado acontece, o jovem descobre que pode voar, criando um enredo centrado em críticas sociais e na luta contra o preconceito e o genocídio de crianças pretas.
Na visão do secretário municipal de Cultura, o vice-prefeito Walmir Pinto, os dois eventos reúnem ideais de luta e resistência, englobando temas diários dentro da sociedade. “Com essas noites, não estamos buscando romantizar ou explorar as periferias, mas, sim, criar e desenvolver um senso crítico nos participantes, de forma que eles saibam que a realidade pode ser dura e que, diariamente, precisamos combater situações de preconceito”, destacou.
