A Prefeitura de Itaquaquecetuba tem trabalhado, desde a última sexta-feira (31), para amenizar os estragos causados pela chuva, que ainda causa transtornos à cidade nesta quarta-feira (5). O compilado das ações busca dar transparência e prestar contas do trabalho realizado até que a cidade volte à sua normalidade.
Na sexta (31), com a previsão de chuva alarmante, foi montado um comitê de crise e após todos os desafios enfrentados no sábado (1) e domingo (2), o município decretou situação de emergência na segunda (3). Os bairros mais afetados são a Maria Augusta, Vila Japão, Jardim Fiorelo, Vila Bartira, Vila Sônia e Tipóia.
No momento, há 100 pessoas desabrigadas, 1,2 mil desalojadas, 2,5 mil residências afetadas e houve dez deslizamentos de terra sem agravamento e vítimas. O parque da cidade também foi interditado por estar com pontos de alagamento.
A orientação é que, se necessário, a população procure um dos quatro abrigos montados pela prefeitura nas ruas Joaquim Nabuco, 66 e Tiradentes, 126 – Maria Augusta, rua São Roque, 215 – Vila Japão e estrada Valter da Silva Costa, 1.228 – Vila Sônia.
Os locais oferecem alimentação e água, equipe de enfermagem, segurança e recreação para as crianças. Os animais resgatados são encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses.
As aulas em seis escolas municipais que ficam em bairros afetados pelas chuvas tiveram seu retorno adiado para a próxima segunda (10) para não prejudicar os estudantes, com reposição já prevista no calendário escolar. Nas demais, o retorno ocorreu na terça (4).
Cerca de 100 servidores estão trabalhando em escalas para fazer a retirada dos moradores das residências afetadas pela enchente, realizando o cadastro das famílias, acolhimento nos abrigos, além da distribuição de água e alimentação para quem permanece em casa.
Foi adotado um esquema especial para o recolhimento do lixo domiciliar nos bairros alagados com caçambas e suporte de maquinário maior, onde o caminhão de coleta não consegue trafegar devido a altura do nível da água.
O trânsito tem dificultado a locomoção do caminhão de coleta e o aterro enfrenta problemas de alagamento. Por isso, mesmo em bairros sem concentração de água, o a coleta foi comprometida. A prefeitura trabalha para minimizar os transtornos, inclusive fazendo o gerenciamento do fluxo de trânsito não só em razão da coleta, mas para a mobilidade da população em geral.
Em parceria com a Ecopistas, está sendo feita a interdição da alça de acesso ao município (SP-1035/056) nos horários de pico, sendo necessário acessar a cidade por Arujá. A medida busca evitar o agravamento do congestionamento na entrada da cidade.
Enquanto a Sabesp conclui o reparo para o restabelecimento da rede de água no Tipóia, a concessionária e a prefeitura fizeram uma ação no bairro para amenizar os transtornos, levando água em um caminhão pipa.
O Fundo Social encabeçou a campanha “Juntos por Itaquá” para arrecadar cestas básicas, água, colchões, produtos de higiene pessoal e limpeza. As doações devem ser entregues na Secretaria de Serviços Urbanos (rua Ali Hamoud, 40 – Jardim Alpes de Itaquá) e a população também pode ajudar por Pix, no CNPJ do órgão: 18.612.190/0001-63.
“Muita coisa está sendo feita pela prefeitura e também estamos cobrando o governo estadual não só com ajuda humanitária, como também com recursos para resolver o problema das enchentes de uma vez. Estamos confiantes”, finalizou o prefeito Eduardo Boigues.
Em caso de emergência, a Defesa Civil deve ser acionada pelo 199.