Bancários do Santander participaram nesta terça-feira (30 de novembro) do Dia Nacional de Lutas contra a terceirização praticada pela instituição financeira. Ao longo de todo o dia, dirigentes do Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e Região percorreram as agências de sua base para distribuir um material informativo e conscientizar os trabalhadores sobre a reestruturação fraudulenta realizada pelo banco, que vem tirando várias conquistas obtidas pelos trabalhadores e a representação do Sindicato.
Para extinguir direitos e com isso reduzir custos, o Santander está criando empresas para realocar funcionários das áreas de tecnologia da informação (TI), call center e comercial. Consequentemente, a prática enfraquece a organização dos trabalhadores e substitui a representação do Sindicato dos Bancários por outras associações.
Funcionários que migrarem para essas novas empresas não contarão mais com a proteção da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT). Com isso, perderão direito a várias conquistas como vale refeição e alimentação, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), bolsas de qualificação profissional, reajuste, piso salarial, entre outros direitos obtidos pela luta dos trabalhadores organizados em seus sindicatos.
O presidente do Sindicato, Clayton Pereira, diz que a terceirização do banco é uma artimanha dos bancos para desrespeitar a legislação da categoria sem que haja penalidades e ampliar lucros:
“Os bancários que são remanejados para essas empresas continuam desempenhando as mesmas tarefas, mas são registrados de outra forma. Com isso, os bancos deixam de pagar direitos conquistados pela categoria e lucram ainda mais às custas dos trabalhadores”, explica.