Deputados repudiam Presidente Bolsonaro

Cinco deputados participaram da Tribuna Virtual na tarde desta segunda-feira (11/5). O primeiro orador foi o deputado Carlos Giannazi (PSOL), que trouxe diversos assuntos à tribuna. Giannazi começou seu discurso comentando sobre os servidores das escolas municipais que precisam comparecer às escolas. “O Ministério Público já abriu inquérito civil para analisar a questão”, falou o deputado. Segundo Giannazi, o rodízio ampliado pela prefeitura de São Paulo fará com que esses funcionários utilizem transporte público para chegar às escolas, o que aumentará as chances de contágio.

Em seguida, Giannazi repudiou a volta dos professores às escolas estipulada pelo prefeito de Jundiaí. “É um absurdo total. Aprovamos um projeto de decreto de calamidade pública, mas parece que os prefeitos não estão percebendo a gravidade da situação”. Para ele, não é o momento de abrir. Giannazi também fez reclamações sobre o governo do Estado de São Paulo. “O governo Doria é hipócrita. Fala uma coisa e faz outra totalmente diferente. Faz discurso de isolamento, mas não cria condições para isso. Chegou a demitir servidores da educação no meio da pandemia”.

A deputada Janaina Paschoal (PSL) falou que foi vítima de um golpe neste fim de semana. “Gostaria de aproveitar a oportunidade para dizer que meu WhatsApp foi clonado e pessoas pediram depósitos para meus contatos”. Ao registrar o boletim de ocorrência, foi informada pela polícia de que esse tipo de ação se intensificou nos últimos meses. “É muito importante que as pessoas estejam alertas para não fazer depósito por solicitação de mensagem do WhatsApp”.

Respiradores chineses

A compra de respiradores chineses pelos estados brasileiros foi o segundo assunto abordado pela parlamentar. “De maneira coletiva ou a mercadoria não é entregue ou, quando é entregue, não está apto para utilização”. Janaina Paschoal pediu que a Embaixada da China se manifeste a respeito dessas compras. “Será que essas empresas chinesas aproveitaram o momento para dar um golpe nos vários estados do Brasil? Ou políticos mal intencionados fizeram acordos espúrios para desviar o dinheiro enviado pela União para os estados?”, questionou a deputada. “É necessário investigação”.

O deputado Gil Diniz (PSL) também abordou a compra dos respiradores. “A Assembleia Legislativa não aprovou o decreto de calamidade pública para governador e prefeito comprarem equipamento de amigo”. Gil Diniz também falou a respeito da compra no valor de 14 milhões de reais de aventais descartáveis. “Uma comitiva de deputados foi até a sede da empresa. Era uma residência. Os deputados denunciaram e o governador suspendeu o contrato que já estava com dispensa de licitação”.

Pedidos de impeachment

Carlos Giannazi voltou à Tribuna Virtual para tecer comentários sobre o governo federal. “Estamos vivendo um momento tenebroso na história do Brasil, que se tornou o epicentro da pandemia, mas temos um governo totalmente irresponsável, com política genocida, que estimula a população a pressionar os governadores para acabar com o isolamento”. Giannazi falou sobre o passeio de jet-ski que o presidente Bolsonaro fez no fim de semana, em Brasília. “É de uma crueldade andar de jet-ski, com tantas pessoas morrendo pela pandemia”. O parlamentar também falou sobre os pedidos de impeachment do presidente. “Ou a gente tira o Bolsonaro – há 24 pedidos de impeachment no Congresso Nacional – ou ele vai acabar com o Brasil. Nossa luta é Fora Bolsonaro”.

O Dia das Mães foi lembrado pela deputada Monica da Bancada Ativista (PSOL). “Estamos vivendo uma situação anormal e as mulheres mães estão sobrecarregadas. Sei que não está fácil”. Monica citou matéria falando sobre o empobrecimento das mães solo e falou sobre a sobrecarga vivida pelas mães. “As mães que estão trabalhando estão sendo cobradas por produtividade ao mesmo tempo têm que administrar a educação a distância das crianças, as refeições, a louça limpa, os serviços domésticos”.

Em seguida, a deputada falou sobre a ocupação dos leitos de UTI no Estado de São Paulo. “Já superamos a marca dos 90% na capital, estamos muito próximos a um colapso no sistema de saúde. O Brasil já é epicentro da crise do coronavírus no mundo”.

A prefeitura de São Paulo anunciou que vai alugar leitos ociosos dos hospitais particulares. “Alugar leitos privados a dois mil e cem reais por dia é uma afronta, um abuso. É um valor muito acima do normalmente praticado. Isso não garante que todas as pessoas vão ser atendidas e vai gerar muita dívida para o poder público”. A deputada ressaltou que é a favor que o poder público use os leitos hospitalares ociosos da rede privada. “A vida tem de ser colocada de fato acima do lucro”. Para Monica, o SUS tem que administrar os leitos hospitalares tanto da rede pública quanto da rede privada, com fila única. “O governo pode até pagar pelo uso desses leitos posteriormente, mas um preço justo. Pagamento antecipado é um vício de iniciativa na administração pública”.

Contaminação nos transportes públicos

A questão dos transportes públicos foi abordada pelo deputado Rafael Silva (PSB). O parlamentar comentou que enviou mensagens a diversos órgãos de comunicação no início de abril alertando sobre o perigo da contaminação nesses lugares. “Por que esse assunto foi pouco falado? Tenho impressão de que grandes empresas desse setor financiam campanhas eleitorais”. Rafael Silva disse que há muita aglomeração de pessoas no transporte público, fator que aumenta a disseminação da pandemia. “Vários motoristas de ônibus já morreram pelo coronavírus”. O parlamentar considera incoerência fechar o comércio e manter o transporte público funcionando.

O deputado Gil Diniz falou que visitou alguns municípios do interior paulista. “Em Brotas conversei com uma comerciante que teve de demitir 120 trabalhadores. Precisamos discutir seriamente o que queremos para o Estado de São Paulo e para o Brasil”. Gil Diniz citou o presidente Bolsonaro: “O remédio para combater o coronavírus não pode ser mais letal do que o próprio coronavírus”. Para ele, é necessário abrir o comércio, respeitando o distanciamento entre as pessoas e o uso de máscaras. “Não consigo entender como um ônibus lotado pode circular e o pequeno comércio não pode”.

Gil Diniz repudiou o rodízio estipulado na cidade de São Paulo. “Onde é mais seguro ir trabalhar, no seu carro ou dentro de um metrô lotado?”, finalizou.

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