Criança de 1 anos e 2 meses começou a chorar e tossir. Com técnica, bebê expeliu leite e secreção. Enfermeiro do Samu explica sobre importância de prestar primeiros socorros
A manobra de heimlich aplicada por uma funcionária de uma creche de Mogi das Cruzes salvou a vida de uma bebê de 1 ano e 2 meses que estava engasgada.
O enfermeiro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Mogi, Jean Góis Costa da Silva, destaca que a manobra é muito simples de aplicar. No entanto, ele orienta que é sempre preciso pedir ajuda pelo 192 ou 193. Desta forma, os médicos podem dar orientações e encaminhar uma ambulância se necessário.
Ele defende ainda que manobra seja ensinada nas escolas para professores, para pais e mães. “A manobra começa pegando a criança, mais ou menos 1 ano de idade, apoia ela de bruços no braço entre as escápulas [na região dos ombros] dá cinco tapinhas. Se o bebê não chorou. Vire ele com as costas apoiadas no braço e com a outra mão faça cinco compressões entre os mamilos até que o bebê chore. Na criança um pouco mais velha é preciso ficar na altura da criança, então pode ajoelhar, localize o umbigo da criança. Fecha uma mão e coloca sobre ela a outra mão aberta fazendo uma pressão na área, fazendo um movimento como a letra J, de baixo para cima. Desta forma provoca uma tosse artificial para desobstruir a via aérea da criança.”
Além do leite no caso dos bebês, o enfermeiro ressalta que alimentos, como salsicha, uva e miolo costumam causar engasgamento nas crianças. Quando o engasgamento é provocado pela espinha do peixe, o enfermeiro orienta que é preciso encaminhar a vítima para um hospital. “O espinho do peixe provoca irritação na traquea e pede para encaminhar para hospital para fazer a retirada e exame.”
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Salvamento
A câmera de monitoramento do Centro de Educação Infantil (CEI) Pequenos Inventores, no Jardim Santos Dumont, captou o momento do salvamento na terça-feira, 25 (assista acima).
A coordenadora pedagógica Elayne do Amaral Silva contou que a bebê estava no chão quando começou a chorar e tossir. Como não tinha brinquedos perto, porque o objetivo da atividade era a bebê desenvolver os movimentos, ela e as educadoras ficaram preocupadas.
Coordenadora salva bebê que engasgou em creche em Mogi das Cruzes
Reprodução/TV Diário
“Por volta das 9h, ela começou a chorar e tossir e conforme chorava saía uma secreção do nariz. Até que ela parou e o choro ficou engasgada. Vimos se tinha algo na boca e não tinha. Achava que era a secreção, o ar não voltava e a boca começou a ficar branca. Eu lembrei da formação e treinamento [que fiz] em 2019, na hora, apliquei técnica e os movimentos que lembrava do treinamento. Ela então expeliu leite e duas bolas de secreção.”
Elayne lembra que foi tudo muito rápido. “Coisa de um minuto, dois minutos no máximo. Foi um susto, desespero, na hora e não sabe se está fazendo a coisa certa. No restante do dia, ela ficou bem, observamos.”
Para a coordenadora, é importante o aprimoramento das equipes em primeiros-socorros.
A mãe, Michelle Andrade de Melo Miranda, também ressalta a importância deste tipo de treinamento. “Não consigo nem imaginar o que poderia ter acontecido se a educadora não tivesse o treinamento. Esses treinamentos podem salvar vidas. É fundamental ter em todas as escolas. A Isabella é um exemplo disso.”
Enfermeiro do Samu ensina manobra que salvou bebê engasgada em creche
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