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FAEP/UMC e parcerias importantes em prol da conservação da mata atlântica

VOCÊ SABIA?

A Mata Atlântica brasileira cobre mais de 1,3 milhões de km², o correspondente a, quase 15% de território nacional. Abrigando mais de 70% da população, a área de abrangência da Mata Atlântica atinge 17 estados e sete das nove maiores bacias hidrográficas.

Este bioma é um dos hotspots mundiais, pois apresenta elevada biodiversidade e níveis de endemismo (p.e., palmeira juçara e sagui-da-serra-escuro), mas, ao mesmo tempo, um dos mais fragmentados e urbanizados. A soma de todos os fragmentos de floresta nativa acima de 3 hectare representa apenas 12,5% da floresta original, tornando-se um dos biomas brasileiros mais ameaçados.

O município de Mogi das Cruzes, está localizado na Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, onde é possível encontrarmos diversas áreas representativas de Mata Atlântica, tanto nas Serras do Mar, quanto do Itapeti.

Atualmente alguns esforços vêm sendo feito para a recuperação natural de áreas de vegetação nativa, onde plantações de eucalipto, colocou em risco o bioma natural, mas agora, pesquisadores tem feito trabalhos nestas áreas, com o intuito de trazer de volta a vida natural de diversas espécies endêmicas ameaçadas de extinção, como é o caso do sagui-da-serra-escuro ou sagui-caveirinha, além de pesquisas sobre insetos sociais e educação ambiental.

A professora Maria Santina, coordenadora do NCA e do Lamat (Laboratório de Mirmecologia do Alto Tietê), destaca que suas pesquisas têm mostrado a diversidade de espécies de formigas e abelhas nativas em áreas de mata e cultivos.

“Esforços têm sido feitos pela FAEP (Fundação de Amparo ao Ensino e Pesquisa), UMC e entidades parceiras como Instituto Ecofuturo e Centro de Referência Socioambiental da Mata Atlântica (Kimberly-Clarke), para incentivar nossos alunos de graduação e pós-graduação fornecendo bolsas e estágios remunerados na área de pesquisa ambiental”, revela a professora Maria Santina. “Neste ano, temos de 11 bolsas oferecidas pelo Instituto Ecofouturo e Kimberly-Clarke a alunos de graduação em Arquitetura e Urbanismo, Biologia e Pedagogia”.

No caso da Biologia, os trabalhos são realizados por um grupo de pesquisadores alocados no Núcleo de Ciências Ambientais (NCA/UMC) que, ao orientar projetos de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado, ajuda a buscar alternativas sustentáveis para a conservação da vegetação nativa na Região do Alto Tietê.

Dentre as pesquisas em andamento, temos o trabalho da Samantha Marx de Castro, que recentemente defendeu sua dissertação de mestrado mostrando o registro de 34 espécies de abelhas nativas, ainda não catalogadas para a Região do Alto Tietê. “Sabemos que abelhas são os principais polinizadores de plantas nativas ou de interesse econômico, o que mostra a importância da conservação da diversidade destes insetos para uma região que é um importante centro de produção de hortaliças”, explica Samantha.

Neste mesmo caminho, Victor Nagatani constatou que as “Solenopsis invicta”, conhecida como formiga-de-fogo, está aumentando a ocorrência nas áreas de cultivo devido ao tipo de manejo do solo que é praticado. “Essa formiga causa sérios problemas de saúde e econômicos aos agricultores”, são os dados revelados na pesquisa do Victor.

“Os trabalhos destes alunos destacam a importância da manutenção das áreas de vegetação nativa para que a economia do Alto Tietê, baseada na agricultura, possa continuar a gerar frutos”, afirma a professora Maria Santina.

Já nas pesquisas feita pela Nathalia Sampaio da Silva, aluna de doutorado, “é possível observar o desenvolvimento de uma técnica, baseada na raridade de espécies de formigas, que permite indicar com mais precisão as áreas de vegetação nativa que devem ser conservadas”, explica a aluna. “Formigas é um grupo considerado como “engenheiro de ecossistema”, ou seja, importantes serviços ambientais estão associados a estes insetos, elas são responsáveis pela perfuração do solo que possibilita a percolação da água e de nutrientes, polinização, controle natural de pragas”.

Por isto, conservar áreas de vegetação nativa é fundamental para a manutenção de diversos serviços ecossistêmicos que são essenciais para nós seres humanos, destaca a professora Maria Santina, professora do Curso de Ciências Biológicas da UMC e coordenadora do NCA e do Lamat (Laboratório de Mirmecologia do Alto Tietê).

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