Juliane Gallo Mãe vezes dois; Dia 09 de agosto será celebrado o dia dos pais, data festejada no Brasil desde 1953, com objetivo tanto social, para o pai ser bastante ativo na criação dos filhos, quanto comercial.

A construção da figura paterna na sociedade ainda é bastante estigmatizada, já que o pai sempre foi associado apenas como provedor financeiro da família, deixando questões afetivas e educacionais em segundo plano ou uma responsabilidade da mãe.

Os pais devem dividir as tarefas domésticas e a criação dos filhos de forma igualitária, nunca como uma “ajuda” ou como se fosse responsabilidade inteiramente da mulher.

Contudo, de acordo com o Censo Escolar realizado pelo Conselho Nacional de Justiça divulgado em 2013, mais de 5,5 milhões de crianças foram registradas sem o nome do pai na certidão de nascimento.

Atrelado a isso, ainda podemos somar os casos de crianças que possuem a figura paterna apenas no documento, sem participação em sua educação.

A maternidade solo é a realidade de mais de 11,6 milhões de lares compostos pelos filhos e a figura materna, sem um cônjuge, como foi divulgado pelo IBGE, em 2015. Nesses casos, com todas as responsabilidades financeiras, educacionais e afetivas, a mãe é o exemplo da criança em quase todos os aspectos e sempre com trabalho dobrado.

Com inúmeras responsabilidades e menores oportunidades de trabalho, mais de 57% das mães solo vivem abaixo da linha da pobreza, como indicou a pesquisa do Instituto Locomotiva, situação que se agravou com a pandemia, como mostrou a mesma pesquisa.

Não existe divisão de tarefas ou de responsabilidades, tudo é direcionado a mãe!

Datas comemorativas são bastante simbólicas, e é o momento para refletir sobre a realidade por trás delas. Ser mãe solo é ser mãe e pai, é prover uma casa sozinha, é cuidar da educação do filho, mas também cuidar da parte afetiva e é a realidade de milhões de brasileiras.

Falo dessa realidade com propriedade! Sou mãe solo e entendo todas as dificuldades e tabus que esse termo carrega. Sei das responsabilidades que temos dentro e fora de casa, da agenda corrida para conciliar o trabalho e a educação dos nossos filhos. Digo agora a todas as mulheres que sentem estar solitárias nessa caminhada: vocês não estão sozinhas!

Juliane Gallo (PSDB) é pré-candidata a prefeita de Ferraz de Vasconcelos.

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