vidas e histórias que merecem ser contadas
Um hospital pode ser definido por muitos momentos em que o profissionalismo exige a dedicação a cada instante, a cada assistência, a cada abordagem cujo propósito é restabelecer o bem-estar de quem o procura.
No mês em que a Maternidade do Hospital Santa Maria de Suzano completa seis anos de atividades, muitas histórias poderiam ser contadas; algumas delas ganharam notoriedade dentro de números que impressionam: foram mais de 6 mil partos realizados. Em cada um deles, uma identidade carregada pela existência de quem vai relatar onde e como milhares de cidadãos vieram à luz – histórias que acompanharão e fortalecerão o desafio encontrado por quem venceu adversidades aparentemente quase intransponíveis.
Uma delas é a de Sarah Menezes Dourada. A mãe, Suellen Cristina Menezes Rodrigues Dourada, 29 anos, articulada também pelo exercício da profissão na área fiscal, sentiu sério desconforto no dia 22 de setembro. A gestação de 25 semanas precisaria, então, de cuidados especiais. E Sarah veio ao mundo pesando 950 gramas e medindo 36 centímetros.
Contra os números, a ciência e a fé eram as únicas aliadas. A internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal teve início no dia 22 de setembro do ano passado. A confiança de Suellen e do companheiro Sergio Glauco em levar a primeira filha de ambos para casa jamais foi abalada. Um sentimento que se repetiu por 81 dias, com renovação diária em hora marcada para acontecer: 15 horas, dia após dia, quando a definição do quadro de estabilidade servia como mensageira da esperança irretocável.
Sim, a intubação de fez necessária tecnicamente. Era primordial a oxigenação devidamente controlada para o ganho de peso e a formação adequados. O desespero nem chegou perto da desesperança, ainda que as circunstâncias recomendassem a prudência enquanto aliada, enquanto todos os esforços eram levados à exaustão por uma equipe multidisciplinar treinada e acostumada a enfrentar a linha tênue da sobrevivência.
E Sarah foi para casa no dia 17 de dezembro, mais pronta do que nunca para a celebração da vida, do renascimento e de novos tempos mais alvissareiros. Os 2,910 kg demonstravam a força da vitória, indecifrável em palavras, crível na capacidade de ser sentida.
“Sempre acreditei nesse milagre e sou muita grata a Deus e a todos os profissionais do Hospital Santa Maria, dos mais variados setores, que sempre demonstraram competência e enviaram mensagens de apoio, solidariedade e fé”, afirmou Suellen, que precisou interromper a entrevista por segundos para dar atenção à bebê; segundos que significam o esplendor de quem se manifesta com coragem para os desafios da vida, que não serão poucos…
O primeiro bebê que nasceu no Hospital Santa Maria se chama Murilo e está saudável. Murilos, Anas, Josés, Marias, Sarahs…quantas histórias, quantas certidões, quantas lembranças…e a mesma sensação: prontidão para atender a serviço da vida. Daqui a alguns anos, eles mesmos contarão suas histórias.