A varíola dos macacos, doença que é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus e se manifesta em vários sintomas, entre eles as feridas espalhadas na pele, está deixando o Brasil e os demais países em alerta. Em Suzano não é diferente, embora a rede municipal tenha total capacidade de atendimento às pessoas que procuram uma unidade de saúde, o que sempre vale nestas situações, assim como em qualquer outra, é a prevenção.
Informações passadas pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde apontam que a prevenção contra esta doença é muito similar àquelas já feitas para impedir o avanço do coronavírus (Covid-19) que são: usar máscaras cirúrgicas bem ajustadas ao rosto; higiene regular das mãos com água e sabão ou uso de desinfetante a base de álcool; limpar e desinfetar rotineiramente superfícies e itens comumente tocados; o isolamento de casos suspeitos ou confirmados e monitoramento de contatos. Além das similaridades com a prevenção da Covid há outra peculiaridade para evitar a propagação do monkeypox ,que é o não contato com animais de estimação, caso a pessoa esteja contaminada.
Para que ocorra o contágio está claro que é preciso haver a proximidade entre pessoas, por essa razão, a contaminação ocorre por meio de contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou membranas mucosas de animais infectados e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato próximo ou íntimo com lesões de pele de pessoas infectadas, como por exemplo, abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias. Também pode ocorrer por meio de secreções em objetos e utensílios domésticos, tecidos e superfícies que foram tocadas pelo doente. Por sua vez, a transmissão do vírus via gotículas respiratórias (tosse e espirros) usualmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas.
Ainda assim, se houver indícios de contato com um animal ou pessoa infectada, é preciso ficar atento aos sintomas da varíola dos macacos, que é similar a varíola já conhecida. Entre estes sinais podem estar lesões em mucosas (única ou múltiplas), acompanhadas ou não de febre; erupção cutânea aguda, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo, incluindo a região íntima; aumento de gânglios na região do pescoço; dor de cabeça e febre acima de 38,5ºC.
Sem relação com primatas
Apesar do nome sugestivo, a varíola dos macacos não tem relação com os primatas não-humanos, mas sim com roedores, que podem ser os transmissores da doença, no entanto, seu nome deriva do primeiro registro da doença em um laboratório dinamarquês em 1958, daí vem a correlação.
Em Suzano já foram confirmados seis casos, sendo que três seguem em isolamento e a outra metade já está curada. “Até o momento a doença não se mostrou mortal e não apresentou mutações como as que vimos no coronavírus, ainda assim é uma doença que pode atrapalhar a vida de muita gente. O ideal é manter o uso de máscaras e um certo distanciamento para evitar o contágio, embora, diferentemente da Covid, que pode se apresentar sem sinais, o monkeypox raramente passa despercebida e o sintoma que talvez seja mais evidente seja as feridas na pele”, explicou o secretário de Saúde de Suzano, Pedro Ishi. O chefe da pasta reforçou que Suzano está preparada para atender os pacientes que apresentarem os sintomas da enfermidade. “Todos que nos procurarem vão receber atendimento e orientação quanto aos procedimentos que devem ser tomados diante da varíola dos macacos”, finalizou Ishi.
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