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Sincomércio volta a recomendar medidas de proteção contra a Covid-19 em lojas de Mogi das Cruzes e região

Entre as medidas anunciadas estão o uso de máscaras em locais fechados e o uso de álcool em gel, segundo Valterli Martinez, presidente do sindicato. Sérgio Zanetta, médico sanitarista, ressalta a importância da vacinação para conter a alta de casos. Aumento no números de casos da Covid-19 alerta para retomada de protocolos de segurança
Com a vacinação da Covid-19 em baixa e os números da doença em alta, o Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio) soltou uma recomendação para que as medidas de prevenção à Covid-19 voltem a ser adotadas em locais fechados.
Entre as medidas anunciadas pelo Sincomércio, estão o uso de máscaras em locais fechados e o uso de álcool em gel. Essas recomendações buscam manter o comércio aberto neste fim de ano, quando o movimento nos estabelecimentos comerciais aumenta.
Valterli Martinez, presidente do Sincomércio, explicou quais os protocolos de segurança que o órgão recomendou aos lojistas de Mogi e região.
“Nós englobamos todas as necessidades que nós temos de levar essa proteção aos nossos clientes. Pensando nessa proteção, deixando o comércio que sempre foi considerado não essencial e fomos fechados no passado que não ocorra isso agora numa época de melhor vendas nossas. Então, é um protocolo que o comerciante sentir necessidade de utilizar como usamos no passado: álcool gel, uso de máscara como EPI na parte interna da loja. Então, levando todos esses procedimentos a gente consegue demonstrar isso aos nossos clientes”, disse o presidente do Sincomércio.
Valterli também explica quais são as orientações do sindicato caso haja contaminação pelo vírus no quadro de funcionários. “Nós recomendamos que mande ele fazer o teste o mais rápido possível para dar segurança, tanto aos clientes e aos outros funcionários. Tivemos casos aqui, o aumento de afastamento de funcionários relatado pelo lojista e isso gerou essa preocupação também, outro ponto que estamos trabalhando, porque geralmente agora, final de ano, nós precisamos de todo o nosso efetivo pra atender o povo”.
O presidente do Sincomércio também disse que cada lojista é responsável por determinar protocolos de segurança sanitária nos comércios. “Isso vem de cada medida interna de cada lojista. Eles podem optar por um uso de máscara como EPI, equipamento de proteção individual, vem de importância. Então, ele pode sim solicitar que o funcionário utilize a máscara, porque a gente vem pensando, a gente passa na preocupação de levar essa informação e trazer essa segurança para o cliente e utilizar o nosso serviço, principalmente agora nessa época que estamos chegando, a Black [Friday] e o final do ano. Então por isso essas medidas como recomendação”.
Tendo em vista o aumento de casos de Covid-19 na região, ele ainda lembra da importância do funcionamento do comércio neste período, tanto para os lojistas quanto para os consumidores. “É uma preocupação também. Então, no momento, graças a Deus, ainda não há essa necessidade que eu vejo de encontro. Mas se a gente ver a detectação maior, sim, a implantação de uma pessoa seria importantíssimo, ela orientar o consumidor, até porque pra não perder vendas. Tem muitas pessoas que a gente tá vendo de utilizar a máscara. Então, pra elas se sentirem confortáveis na loja, já ter todo esse procedimento facilita muito as vendas“.
“Não pode acontecer isso, não temos capacitação econômica pra fechar novamente, né? E seguir a cultura japonesa, né? Vamos utilizar a máscara pra proteger o próximo, essa é nossa ideia”, concluiu Valterli.
Sincomércio de Mogi das Cruzes e região espera que avanço de casos de Covid-19 não afete a abertura de lojas

Recomendação médica
O médico sanitarista Sérgio Zanetta explica qual o alerta nesse momento para o público que ainda não tomou a vacina de acordo com o que foi recomendado.
“A informação fundamental é que nós aprendemos com a Covid. Então, quem tem duas doses é como se a sua imunização ainda não tivesse efetivado. No mínimo a pessoa precisa ter maior que 18 anos, duas doses e um reforço. De preferência o segundo reforço. Então, quem tem menos que três doses não está imunizado minimamente, tanto pra proteger contra a transmissão, que não protege 100% mas protege alguma medida, como pra proteger contra casos graves. Então, toda população adulta tem que ter a terceira e a quarta dose. Sem isso, a chance de ter casos graves é muito grande. Então, a recomendação é que vamos todos nos vacinar. Essa não é uma doença simples e é uma doença que exige essa participação de todos”.
Zanetta também conta que um possível relaxamento com os cuidados ao longo do tempo resultou no aumento de casos positivos do novo coronavírus no Alto Tietê, estado e país. “Acho que houve um relaxamento porque as vacinas foram efetivas pra nos proteger de casos graves e o sistema [de saúde] deixou de entrar em colapso por causa desse motivo. Mas nós continuamos produzindo subvariantes e essas subvariantes estão se especializando e podem trazer de volta grandes surtos”.
De acordo com o médico sanitarista, a nova subvariante da ômicron é mais especializada pois consegue burlar mecanismos de defesa do organismo. “O que houve foi uma especialização. Essa doença, a Covid-19 o vírus vai se especializando, ele vai aprendendo como burlar o sistema imunológico. A subvariante da ômicron BQ1 já está em BQ1,1, ou seja, ela já conseguiu driblar, burlar, seis mecanismos de defesa do organismo. Então, ela consegue se transmitir mais rápido. A boa notícia é que quem estiver três, melhor ainda quatro doses da vacina, tem uma baixíssima chance de ter casos graves. Mas o ideal é que nós já estejamos encomendando a vacina atualizada porque o vírus mudou muito desde o início, nós precisamos de uma vacina que trate o vírus original e trate as alterações que foram feitas pela ômicron durante esse período todo”.
Questionado sobre qual deveria ser o intervalo entre as vacinas, o médico afirma que o ideal é que fosse respeitado o período de quatro meses entre a aplicação das doses. “Das vacinas que nós temos disponíveis no Brasil, o intervalo deve ser de quatro meses. Se você já tomou duas doses, precisa tomar a terceira dose, primeiro reforço. Segundo reforço, a quarta dose, você deve fazer no intervalo de quatro meses. Passados quatro meses, é necessário que haja uma nova dose de reforço. Se você é alguém que tem problemas imunológicos ou doenças graves associadas, você deve passar dos quatro meses também e tomar a quinta dose”.
Segundo Zanetta, os governos municipais, estaduais e federal devem trabalhar de forma conjunta para que a vacinação seja ampliada. “A prefeitura ela mobiliza as pessoas. Quem compra e distribui vacinas é o Ministério da Saúde. Então, muitas vezes, os municípios e os estados estão com dificuldade. Nós estamos com falta de vacinas porque o Ministério da Saúde não comprou. Eu acho que nós vamos ter que sobreviver esse final de ano até termos uma melhor solução de gestão federal da saúde”.
O especialista avalia como positivo o comportamento do Sincomércio de Mogi e região ao perceber a alta de testes positivos de Covid-19. “Olha que boa notícia, William Tanida, já há uma mudança cultural. O próprio comércio, ao invés de negar a situação está percebendo, ‘olha, eu preciso mudar hábitos. Se eu tenho um momento de grande transmissão de doenças respiratórias, eu posso usar como um diferencial o fato de todos os meus profissionais que atendem o público estar usando máscara’. Isso ajuda a reforçar a ideia, ‘se você vai pro ambiente fechado, transporte, ambiente fechado, aulas, você deve estar protegido com uma máscara, protegido contra a sua infecção e protegido se você tiver alguns sintomas protegendo o seus amigos, as pessoas que convivem com você”.
Zanneta reitera que a manutenção dos cuidados com a saúde mesmo com números baixos na pandemia evita o surgimento de novos surtos da doença. “Tem sido um aprendizado, eu acho que as coisas boas que ficam é uma mudança cultural de que nós somos responsáveis pela saúde de todos. Então, eu queria saudar, achei muito interessante essa alteração cultural do comércio que já sente que é parte da sua responsabilidade ajudar a controlar a infecção”.
O médico sanitarista ainda relembra que é necessário um trabalho conjunto para enfrentar esta nova onda de casos de Covid-19. “Isso prenuncia novo ciclo de aumento de infecções. Nós precisamos ampliar a vacinação, é preciso fazer a nossa parte, um trabalho sério de divulgação, as autoridades precisam investir nisso. E nós precisamos voltar a usar máscaras em ambientes confinados”.

Redação on-line

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