Os trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram entrar em greve a partir da 00h de amanhã, dia 15. A paralisação, decidida em assembleia por sindicatos dos ferroviários no último dia 6, foi mantida após audiência de conciliação realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP) na tarde de hoje.
Segundo o TRT, durante a audiência entre a empresa de transportes e os sindicatos que representam os ferroviários, o juiz auxiliar da Vice-Presidência Judicial Edilson Soares de Lima chegou a sugerir reajuste de 6,22% para os trabalhadores e manutenção das cláusulas sociais preexistentes. Ambas sugestões foram rejeitadas pela companhia. A autoridade propôs também uma cláusula de paz para evitar a greve efetiva já amanhã, o que não foi aceito pelos trabalhadores. Segundo documento anunciando a paralisação, assinado pelos sindicatos, ela é motivada pelo encerramento das negociações de reajuste salarial e do pagamento do PPR (Pagamento de Participação dos Resultados) por parte da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e do Governo do Estado. “O movimento [da greve] surgiu da grande insatisfação dos Ferroviários diante da total falta de respeito da direção da CPTM (e do Governo) ao encerrar as negociações pelo segundo ano consecutivo, como também o não cumprimento do Acordo do PPR 2020, deixando de pagar as parcelas previstas para 31 de março e 30 de junho [de 2021], que acabou em calote”, diz o comunicado.
Apesar da decisão de greve envolvendo as linhas da CPTM, o TRT determinou que os trabalhadores devem manter 80% do efetivo nos horários de pico e 60% nos demais horários, além de proibir obstáculos para acesso aos trens ou a liberação de catracas. Segundo o órgão, a multa, em ambos os casos, é de R$ 100 mil por dia de descumprimento. As linhas afetadas pela paralisação são: 7 – Rubi 8 – Diamante 9- Esmeralda 10- Turquesa 13- Jade (trecho em Guarulhos) O documento de anúncio da greve foi assinado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana, Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo e Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil.